terça-feira, 14 de maio de 2013

Turning point (ponto de viragem)

Quem assistiu ao jogo de QF do Open de Madrid, entre os jogadores da casa David Ferrer e Rafael Nadal, não consegue esquecer aquele turning point ou ponto de viragem (inflexão) no final da segunda partida, quando o marcador estava 6-5 para Ferrer, que já havia conquistado o primeiro set.

Nadal servia para não perder o set e, assim, o encontro. Ou seja, Nadal servia para não ser eliminado do Open Madrileño que viria a conquistar. Nadal sobe à rede e, numa bola jogada para os seus pés, acaba por fazer um volei amortie, que lhe sai nitidamente mal. Ferrer corre para a bola e tem todo o tempo de que necessita para fazer o winner e, assim, ficar com 2 match-points a seu favor. E o que decide fazer?  Jogar pelo seguro e lançar a bola para o corpo do seu adversário, posicionado defensivamente a meio court e já certamente a fazer contas aos 2 match-points que teria que salvar. Mas o ténis tem coisas inexplicáveis e, numa reação in extremis, defende-se colocando a raquete nos seus pés que, caprichosamente, fez ressaltar a bola para o campo contrário. O incrédulo Ferrer ainda foi a tempo de devolver a bola mas a partir daí o ressuscitado Nadal já não daria segunda oportunidade ao companheiro espanhol. Ganhou logo esse ponto com um smash e, claro está, quase todos os que se seguiram a este turning point, como se pode ver no vídeo seguinte (o ponto a que se refere este post começa aos 16:00 minutos).


Cristiano Ronaldo e os seus companheiros do Real Madrid assistiram a um emocionante encontro de ténis. E tiveram a oportunidade de descobrir como um ponto de viragem pode de facto virar por completo o resultado de um encontro. Isto porque, depois de vencer a segunda partida no tie-break, Rafa passeou no terceiro set às custas desse ponto que não mais saiu da cabeça do esforçado David Ferrer. E, claro está, em vez de ser eliminado do torneio acabou vencendo o set decisivo por um escandaloso 6-0 !

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Serena esmaga Sharapova

Serena Williams é uma montanha para o circuito WTA. Uma montanha intransponível, principalmente para Maria Sharapova, que aspirava arrebatar o número um em Madrid. E, como tem acontecido sempre nos últimos anos, saiu da Caja Magica com uma cara que mostrava decepção, conformismo e cansaço. E não era para menos, porque o marcador 6-1 e 6-4 em pouco mais de uma hora, não deixava lugar a dúvidas.

A raínha do ténis continua a ser a americana que, com os seus 31 anos é a mais velha a conquistar a coroa de número um do ténis feminino. Julgo mesmo que apenas a rebelde Vitoria Azarenka, lhe poderá colocar algumas inquietações antes de um encontro. Quanto às restantes, Serena manda como e quando quer...



Sharapova apresentou-se nesta final do Open de Madrid com a esperança de virar um 12-2 adverso contra Serena Williams, mesmo se essas duas vitórias datam de um longinquo 2004. Mas cinco duplas faltas de rajada no primeiro set e a segurança da americana nos golpes de serviço, rapidamente definiram o set. A verdade é que a russa não consegue sequer disfarçar o medo com que enfrenta cada bola do seu segundo serviço e quase que prefere cometer uma segunda falta do que ter que suportar um winner na resposta ao seu serviço.

Estes jogos entre a russa e a americana tornam-se quase difíceis de suportar para os adeptos de Maria Sharapova, tal é a superioridade mental, física e tenística de Serena que, apesar dos 31 anos, é a primeira a obter duas conquistas consecutivas em Madrid, e já conta no seu palmarés 50 títulos , 10 dos quais em terra batida.