domingo, 16 de dezembro de 2012

Milan Kundera

Milan Kundera nasceu a 1 de abril de 1929 em Brno, capital da Morávia, cidade no sul da República Checa, próxima da fronteira com a Eslováquia.
Kundera aprendeu a tocar piano com seu pai. Posteriormente, também estudou musicologia. Influências e referências musicológicas podem ser encontradas nas suas obras, a ponto de existirem por vezes notas em pauta durante o texto.
 
Em 1950, foi temporariamente forçado a interromper os seus estudos por razões políticas. Nesse ano, ele e outro escritor checo - Jan Trefulka - foram expulsos do Partido Comunista Checo por "actividades anti-partidárias".  Seis anos mais tarde, Kundera foi readmitido no Partido Comunista. Em 1970, porém, foi novamente expulso. Kundera, assim como outros artistas checos como Václav Havel, envolveu-se na Primavera de Praga de 1968. O período de optimismo, como se sabe, foi destruído no agosto do mesmo ano pela invasão soviética com exército do Pacto de Varsóvia a Checoslováquia. Kundera e Havel tentaram acalmar a população e organizar um levante reformista frente ao totalitarismo comunista da União Soviética.

 
Milan Kundera vive em França desde 1975, sendo cidadão francês desde 1980. Seus romances geralmente tratam de escolhas e decepções. Em seus livros é recorrente a crítica ao regime comunista e à posterior ocupação russa de seu país, em 1968, quando foi exilado e teve sua obra proibida na então Checoslováquia.

Proposto várias vezes para Prémio Nobel da Literatura, Kundera recebeu, pelo conjunto da sua obra, o "Common Wealth Award" de Literatura (1981) e o "Prémio Jerusalém" (1985), entre outros.
 
A Insustentável Leveza do Ser é a sua obra principal, que ganhou em 1988 uma adaptação para o cinema, sob a direcção de Philip Kaufman e com Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche e Lena Olin no elenco. Recebeu 2 indicações ao Oscar e reconhecimento mundial.